quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ordem, progresso e irrelevância



Em comunicado distribuído na noite da última quarta (23), o Itamaraty condenou o “uso desproporcional da força” por parte de Israel, na operação militar na faixa de Gaza,  citando o “elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças” como consequência dos ataques israelenses. Mas não fez menção alguma às agressões contra israelenses feitas por palestinos.

O governo brasileiro ainda chamou o embaixador de Israel, Rafael Eldad, e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Henrique Pinto, para Brasília, expressar seu protesto. A resposta veio na velocidade da internet, quando a diplomacia israelense acusou o Brasil de dar “suporte ao terrorismo”, afirmando que “naturalmente”, isso afeta “a capacidade do Brasil de exercer influência”. “Israel espera o apoio de seus amigos na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo”, conclui.


Para o jornal Folha de S.Paulo, o comportamento do Brasil, de acordo com a Chancelaria de Israel, “ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante”. 


Autor do texto, que contou com o aval da presidente Dilma Roussef, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo disse que a “discordância entre países amigos é natural”. Do Itamaraty, a turma do deixa-disso acredita que a presidente deve evitar um "bate-boca". Outros, que ela deve responder à altura. Enérgica, como dizem ser com os seus subordinados.
 

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